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Gambá-de-orelha-branca

Foto do escritor: Helder T. StapaitHelder T. Stapait


Essa postagem fala sobre: #animais #saúde #proteçãoanimal #cuidados #educaçãoambiental



O gambá-de-orelha-branca, popularmente chamado aqui no Brasil de Sariguê ou Saruê conhecido cientificamente como Didelphis albiventris, é um marsupial super interessante e bastante comum na América do Sul. Ele vive em países como Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai, e é mestre na arte de se adaptar. Esse bichinho se dá bem tanto em florestas e cerrados quanto em caatingas e até áreas urbanas, onde pode ser encontrado no forro de casas ou em quintais.


Esse gambá tem um visual que chama atenção. Sua pelagem é uma mistura de cinza com toques mais claros, graças a pelos negros e brancos que se misturam. Um detalhe curioso é a "maquiagem" natural: três listras pretas na cabeça, sendo uma central e duas que passam pelos olhos. Ele tem orelhas com a base escura e o restante branquinho, além de uma cauda longa e ágil, que ajuda bastante a se equilibrar e a subir em árvores. Em termos de tamanho, o corpo mede entre 30 e 44 cm, e a cauda pode chegar a 49 cm! O peso varia de 500 gramas a quase 3 quilos, com as fêmeas geralmente sendo um pouco maiores que os machos.


Não é o Batman, mas é da noite! hehehe... Ele é mais ativo quando escurece e leva uma vida bastante independente. Na hora de comer, o gambá-de-orelha-branca não é nada exigente: frutas, insetos, pequenos bichinhos, e até restos de comida que encontra por aí. Estudos mostram que ele gosta muito de frutas (77,5% da dieta), mas também se alimenta de invertebrados e vertebrados. Essa alimentação variada o transforma em um excelente “jardineiro” da natureza, já que ele espalha sementes por onde passa, ajudando a regenerar florestas e outros habitats.


Sobre reprodução, as fêmeas têm uma característica típica dos marsupiais: o famoso marsúpio, aquela bolsa onde os filhotes ficam protegidos nos primeiros meses. Depois de um tempo, os pequenos passam a andar agarrados no dorso da mãe até estarem prontos para seguir por conta própria. É uma forma bem esperta de cuidar da cria!


Apesar de todo o lado positivo, o gambá também pode carregar parasitas, como carrapatos, que transmitem doenças. Então, ele acaba tendo um papel duplo: é um aliado da natureza, mas também exige cuidado, especialmente em áreas urbanas.


O gambá-de-orelha-branca é um exemplo incrível de como um animal consegue se adaptar e contribuir para o equilíbrio ambiental. Mesmo que, às vezes, ele cause um pouco de confusão ao aparecer perto das casas, é impossível não admirar sua importância para a natureza. Afinal, ele é um verdadeiro sobrevivente e faz muito pela biodiversidade!


Uma pergunta comum e direta: Eles são fedidos ?


Sim ! Mas veja bem... o gambá-de-orelha-branca pode ser considerado "fedido" em determinadas situações! Embora ele não tenha glândulas especializadas como os gambás norte-americanos conhecidos como "skunks", ele é capaz de liberar um cheiro forte e desagradável quando está estressado ou se sente ameaçado. Esse odor vem de substâncias produzidas naturalmente pelo corpo dele, e é amplificado em momentos de defesa.


Então, embora o cheiro não seja liberado como um spray ou jato, ele pode ser bem intenso, o suficiente para afastar predadores ou incomodar quem estiver por perto. Esse truque, aliado à capacidade de "fingir-se de morto", sendo um verdadeiro estrategista da sobrevivência.



Diferenças entre as espécies (Foto da direita feita por Helder Telles Stapait - Foto da esquerda retirada do Canva).
Diferenças entre as espécies (Foto da direita feita por Helder Telles Stapait - Foto da esquerda retirada do Canva).


Muito mais do que um simples visitante noturno dos quintais ou um animal que provoca reações de susto e desconfiança...


Ele é uma peça fundamental no equilíbrio da natureza, um pequeno herói do ecossistema que trabalha silenciosamente para manter o ambiente saudável e em harmonia. Mas, infelizmente, muitos ainda não entendem seu valor e, em vez de protegê-lo, acabam enxergando-o como uma ameaça.


Esses marsupiais têm um papel essencial como controladores naturais de pragas. Eles se alimentam de insetos, pequenos roedores e até mesmo de escorpiões, contribuindo diretamente para o bem-estar de áreas urbanas e rurais. Imagine só: enquanto você dorme, o gambá está por aí ajudando a reduzir populações de animais que poderiam trazer problemas para você e sua família. Ele é um verdadeiro guardião da noite.


Além disso, os gambás são grandes aliados na regeneração das florestas. Comendo frutas e dispersando sementes por onde passam, eles ajudam na recuperação de áreas degradadas, permitindo que novas plantas cresçam e devolvendo vida a ambientes destruídos. Cada árvore que nasce a partir de uma semente carregada por um gambá é uma prova de sua contribuição para o futuro do planeta.


Apesar de sua importância, muitos desses animais enfrentam maus-tratos e até mesmo a morte por desinformação. É comum que as pessoas os vejam como "bichos nojentos" ou "ameaças", quando, na verdade, eles só estão tentando sobreviver em um mundo que cada vez mais invade seus espaços naturais. Essa convivência, que poderia ser harmoniosa, muitas vezes se torna fatal para o gambá.


É preciso lembrar que o gambá não ataca. Ele é um animal pacífico, que prefere evitar confrontos. Quando se sente ameaçado, sua defesa é se fingir de morto ou liberar um cheiro desagradável – e mesmo isso é apenas um pedido desesperado por segurança. O que ele realmente quer é ser deixado em paz, para continuar sua vida e cumprir seu papel na natureza.


Conservar o gambá-de-orelha-branca não é apenas proteger uma espécie. É um ato de respeito à biodiversidade, à natureza que nos sustenta e à vida em todas as suas formas. Cada gambá que sobrevive é uma vitória para o meio ambiente, para as florestas e, no fim das contas, para nós mesmos. Então, da próxima vez que você encontrar um desses bichinhos, lembre-se: ele é um aliado, não um inimigo. Respeite-o, admire-o e, acima de tudo, permita que ele continue a desempenhar sua missão silenciosa de preservar o equilíbrio do nosso mundo.



Aqui vão mais algumas curiosidades bem legais sobre estes animais:


  • Mestre do disfarce: Quando se sente ameaçado, o gambá-de-orelha-branca tem uma estratégia brilhante: ele "finge de morto". Isso mesmo, ele pode se deitar, ficar imóvel, com a boca aberta e até exalar um cheiro desagradável para enganar predadores. É quase um ator de Hollywood da natureza!


  • Bolsa mágica: Como bom marsupial, as fêmeas têm um marsúpio, que é uma espécie de bolsa onde os filhotes ficam nos primeiros meses de vida. Essa "bolsa mágica" é essencial para garantir a proteção e o desenvolvimento dos pequenos gambazinhos.


  • Comida variada: O gambá-de-orelha-branca é um verdadeiro aventureiro culinário. Ele come de tudo: frutas, insetos, pequenos animais e até restos de comida humana. Isso o torna super adaptável a diferentes habitats, desde florestas densas até centros urbanos.


  • Ajuda na regeneração de florestas: Por comer muitas frutas, ele acaba dispersando sementes por onde passa. Isso é ótimo para a recuperação de áreas desmatadas, já que muitas dessas sementes podem germinar e dar origem a novas plantas.


  • Acrobata noturno: Esses bichinhos são mais ativos à noite e, graças à sua cauda preênsil, conseguem se equilibrar e escalar árvores com facilidade. Eles têm uma verdadeira vida dupla, aproveitando o silêncio da noite para explorar.


  • Cheiro peculiar: Embora possam parecer fofinhos, os gambás têm glândulas que liberam um cheiro forte quando estão em perigo. É como se fosse um "superpoder" para afastar predadores.


  • Uma vida curta, mas intensa: Apesar de serem adaptáveis e resistentes, os gambás-de-orelha-branca têm uma vida relativamente curta, vivendo de dois a quatro anos na natureza. Nesse tempo, eles aproveitam cada momento para explorar, comer e se reproduzir.


  • Convivendo com humanos: É comum encontrar gambás em áreas urbanas, onde eles fazem uma verdadeira faxina ao comer restos de comida e insetos. Mesmo assim, é sempre bom respeitar o espaço deles e evitar contato direto.


  • Hospedeiro de parasitas: Embora desempenhem um papel importante na natureza, os gambás também podem ser portadores de carrapatos e outros parasitas que podem transmitir doenças. Isso reforça a necessidade de cuidado ao lidar com eles.


  • Super adaptável: Uma das maiores qualidades do gambá-de-orelha-branca é sua capacidade de se adaptar a quase qualquer ambiente. Isso faz dele um verdadeiro sobrevivente, capaz de encarar desde as florestas mais densas até os bairros movimentados das cidades.




Observação. A imagem de capa foi realizada por mim, utilizando uma câmera profissional Nikon modelo D7100 com lente teleobjetiva 70-300mm e um flash Youngnuo 460, junto a uma Câmera




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